Na era digital em que vivemos é preciso ser bastante cuidadoso com a privacidade dos dados pessoais. Desconfiar de e-mails com ofertas mirabolantes, não clicar em links desconhecidos e jamais transferir dinheiro para um contato que do nada começa a pedir dinheiro por um aplicativo de mensagens. Esses são alguns dos muitos passos necessários para evitar cair em possíveis golpes.
A quantidade e a forma como essas fraudes acontecem é cada vez maior. Algumas das “iscas” que os golpistas utilizam são: Golpe do WhatsApp, PIX, perfil falso nas redes sociais, FGTS e plataformas falsas de compra e venda.
Qualquer pessoa que tem uma conta bancária corre algum risco de ser vítima de golpes. Mesmo sendo extremamente cautelosa e seguindo diversas regras de segurança, não está completamente imune.
Por essa razão, neste artigo resolvemos explicar como alguns tipos de golpes são aplicados; os cuidados para não cair em golpes e fraudes; como um advogado especialista pode ajudar acerca do tema. Quer saber mais? Venha aprender conosco!
Principais golpes virtuais
1 – Clonagem do WhatsApp
A clonagem ocorre através do código de verificação. Sendo uma das fraudes mais comuns, os golpistas se passam por bancos ou lojas oferecendo vantagens na contratação de serviços, ou benefícios. E para a pessoa adquirir a oferta, ela tem que enviar o número do celular para receber um código via SMS.
O problema é que o código solicitado é o de acesso do WhatsApp e, ao encaminhar para o golpista, ele vai ter acesso ao aplicativo e a todos os contatos da vítima. Com essas informações em mãos, o criminoso começa a extorquir as pessoas e também a usar os dados pessoais para praticar outros crimes.
2 – Golpe do PIX
Uma quantidade cada vez maior de golpes vêm se aproveitando da nova modalidade bancária, o PIX. Um exemplo é quando o criminoso se aproveita do desconhecimento da vítima.
O golpista se passa por funcionário de uma instituição financeira e oferece ajuda para cadastrar uma chave de uso ou informa que é preciso fazer um teste com o sistema de pagamentos para regularizar o registro. A vítima, então, é induzida a fazer uma transferência via PIX.
3 – Receita Federal e dívidas
Os criminosos enviam e-mails falsos informando uma intimação da Receita Federal e requisitam que a vítima clique no anexo. Se clicar, a pessoa terá os seus dados roubados e seu computador ou celular infectado com um vírus.
Outro método utilizado é a criação de páginas de anúncios em nome de bancos e tentando atrair as pessoas através de descontos na quitação de dívidas.
4 -Fechamento de agências bancárias
Nesse tipo de golpe é comum a pessoa receber uma mensagem SMS em nome de instituições financeiras, alegando o fechamento de agências bancárias e solicitando que abra o link e preencha um cadastro com informações pessoais.
5 – FGTS
Uma nova modalidade de crédito surgiu com com a antecipação do FGTS. Criminosos utilizam os calendários de saques do FGTS como isca para atrair novas vítimas para os golpes virtuais. Criando páginas falsas de cadastro que solicitam os dados pessoais da vítima.
Para tentar mascarar mais ainda e dar mais veracidade ao golpe, os golpistas criam
comentários falsos de pessoas que teriam obtido sucesso em receber o benefício.
Cuidados para não cair em golpes e fraudes.
Principais cuidados que você tomar:
- Sempre desconfie de ofertas muito vantajosas e de produtos milagrosos;
- Sempre confira se o endereço no navegador está correto e é o endereço oficial da empresa;
- As instituições financeiras não solicitam senhas, nem atualização cadastral através de e-mail ou mensagem. Caso receba algum comunicado solicitando, entre em contato imediatamente com a sua agência;
- Evite clicar em links e prefira sempre digitar o endereço no navegador;
- Antes de fornecer informações pessoais para realização da compra, certifique-se que o site é seguro;
- Se for clicar em links de e-mails recebidos, confira antes o remetente do e-mail para ter certeza de que foi enviado realmente pela empresa.
O que fazer caso tenha sido vítima de uma fraude PIX
Ao se deparar com a suspeita de ter sido alvo de uma fraude no PIX, agir de forma imediata e estratégica é fundamental. O primeiro passo é informar seu banco sobre o incidente sem demora, solicitando o estorno dos valores que foram movimentados sem sua autorização. É essencial que você descreva o ocorrido com o máximo de detalhes possíveis, pois isso contribuirá para o processo de verificação e eventual ressarcimento.
É crucial que você formalize uma situação. Reúna e apresenta todas as provas em seu poder, como comprovantes de transações e mensagens relacionadas ao evento, e, se aplicável, o Boletim de Ocorrência (BO). Este último é um passo crítico, pois adiciona uma camada oficial ao registro do incidente.
Com essas informações em mãos, a instituição financeira dará início a um procedimento interno e comunicará o ocorrido ao Banco Central. Este é o momento em que uma instituição que recebeu os valores indevidos irá bloquear os recursos, aguardando o resultado das investigações. Se a fraude for confirmada dentro do prazo estipulado de 7 dias, a devolução dos valores será processada em até 96 horas. Em situações em que o saldo do destinatário seja insuficiente para a devolução completa, o monitoramento de contato se estenderá por até 90 dias após a operação fraudulenta, garantindo a restituição parcial dos valores assim que possível.
Neste contexto, é de suma importância ser acompanhado por um advogado especialista em fraudes bancárias. O suporte jurídico especializado garante que todos os relatos e documentações elaborados sejam de maneira estratégica, otimizando as possibilidades de um estágio avançado e preparando o terreno para uma ação judicial, se necessário. Um advogado não apenas orientará você por todas as etapas administrativas, mas também garantirá que seus direitos sejam salvaguardados e que as medidas legais cabíveis sejam solicitadas para a recuperação de seus recursos.